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28 de novembro de 2009

Reflexões sobre as minhas aprendizagens

Ao findar o Eixo VII em que estudamos as interdisciplinas de Linguagem e Educação; Educação de Jovens e Adultos; Língua Brasileira de Sinais; Didática, Planejamento e Avaliação e Seminário Integrador VII, percebo que todas colocam o aluno como centro de aprendizagem, valorizando o contexto de vida, as múltiplas linguagens o letramento, a alfabetização, o planejamento, fundamentadas em pressupostos teóricos.

Freinet chamou a pedagogia do bom senso do trabalho e do êxito. “O essencial era valorizar a livre expressão dos alunos”. (Revista Nova Escola, Edição 139. Janeiro 2001) Assim Freinet acreditava que a escola formaria cidadãos autônomos e cooperativos.

A partir destas colocações e de outros autores estudadas neste semestre como Comênio “O Pai da Didática” tive a oportunidade de refletir sobre as marcas destas práticas muitas vezes humilhantes. As heranças de Comênio ainda estão presentes no nosso cotidiano escolar, como o respeito “a capacidade de compreensão do aluno”. (Doll, Johannes, ROSA, Russel Terezinha Dutra) A metodologia tem história.

Outro aspecto importante trabalhado neste semestre foi o planejamento, articulado com o Seminário Integrador VII com a Linguagem e Educação e com Didática, Planejamento e Avaliação, quando aprofundamos nossos conhecimentos sobre projetos de aprendizagem que partem da questão norteadora levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos e a participação ativa no desenvolvimento do processo é característica deste método. “Que se configuram como uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré determinados e nem conhecidos de antemão pelos docentes”. (Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena) Revisitando os projetos de aprendizagem em tempos de Web 2.0.

É um trabalho inovador e desafiador, para alunos e professores a aplicação dos projetos de aprendizagem porque partem dos interesses, das curiosidades e dos questionamentos trazidos pelos alunos cabendo ao professor intervir com reflexões que despertem a autonomia e a busca por informações que agreguem novos conhecimentos ou modificações do que se acreditava como verdadeiramente correto.

Na EJA os conceitos de letramento e alfabetização estudados também em Linguagem e Educação se complementam, sendo que na EJA são abordados aspectos que envolvem práticas pedagógicas de alunos jovens e adultos que buscam ou retomam a escola tardiamente, mas ambas disciplinas apresentam aspectos relacionados a contextualização ao saberes prévios, a leitura do mundo concebida por Paulo Freire para tornar através da educação emancipadora o indivíduo mais crítico e reflexivo para atuar na sociedade.

O professor da EJA necessita preparação especial para trabalhar com esta modalidade de ensino, tendo o cuidado de não infantilizar os conteúdos. O adulto traz consigo uma história longa de experiências e reflexões sobre o mundo. “O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente da criança e do adolescente” Marta Koll de Oliveira.

A reflexão sobre o planejamento como uma ação pedagógica embasada em referenciais teóricos possibilitaram reconhecer que as produções ao longo de minha carreira estiveram direcionadas para determinados autores, embora não identificava esses fundamentos porque não possuía os conhecimentos suficientes para argumentar a escolha de determinadas atividades ao elaborar meus planos de aula, o que contemplou durante este semestre com a análise dos textos que abordaram a prática de leitura, escrita e oralidade na educação.

A interdisciplina de Libras nos colocou em contato direto com a Língua Brasileira de Sinais. Na aula presencial com a professora Caroline e ao longo do semestre conheci aspectos importantes sobre a história dos surdos a cultura e a comunidade surda, as dificuldades enfrentadas como mostraram os vídeos “Seu nome é Jonas” e o “Menino Selvagem” assim como as possibilidades de integração na sociedade e interagir através de Libras.

15 de novembro de 2009

Linguagen

A criança desde seu nascimento procura imitar o adulto começa junto deste a emitir os primeiros sons, aprende a falar, andar, brincar e interagir com o que esta a sua volta, sendo assim o adulto influencia nas atitudes e ações tomadas pelas crianças e jovens no seu dia-a-dia, no espaço social, escolar e familiar.

Neste sentido sabemos que não podemos ignorar os diferentes meios de comunicação: TV, internet, materiais de leitura (jornais, revista, livros), filmes, vídeos, ilustrações, aspectos visuais e outros. O uso destas tecnologias permeiam o mundo contribuindo para o enriquecimento do olhar e da imaginação. A escola, por sua vez esta imersa neste contexto em maior ou menor grau de intensidade de acordo com sua realidade.

Diante disso, cabe ao professor estar atento a este cenário marcado pela diversidade cultural, permitir condições para que o aluno possa encarar as diferentes práticas sociais da leitura e da escrita e principalmente estar aberto as modificações para saber conduzi-las em sua prática cotidiana.

“Refletindo sobre as características da sociedade global, bem como sobre as implicações desse ‘novo’ modo de vida, podemos nos perguntar a respeito do trabalho com oralidade, leitura e escrita na escola em função dos novos discursos que se impõe como ‘desafios contemporâneos’”. (Della Zen; Trindade, 2002: 4)

Obs.: Reformulação da postagem feita em 24 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

3 de novembro de 2009

Reflexões sobre EJA

No decorrer deste semestre na interdisciplina da EJA entendi que a prática pedagógica deve partir de situações concretas, dos anseios, dos interesses que busca na escola não somente adquirir conhecimentos escolarizados, mas também para compreender o mundo que o cerca. Por isso os conteúdos precisam estar inseridos em seu contexto de vida.

O papel do professor não é impor a visão que tem de mundo, mas dialogar com os alunos e não para os alunos com aulas discursivas e evasivas, onde o aluno se sente ainda mais deslocado e incapacitado de aprender.

Compreendi ainda que o planejamento é um processo que se encaminha a partir dos conhecimentos que o aluno já possui para o crescimento e a transformação do saber mais sistematizado e organizado.

No texto de Marta Kohl de Oliveira: Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem, p. 62: “Muitas vezes a linguagem escolar mostrou ser o maior obstáculo à aprendizagem do que o próprio conteúdo”. “O modo de se fazer as coisas na escola é específico da própria escola e aprendido em seu interior. (p. 62)

Na escola há o emprego particular da linguagem: as ordens, os enunciados das atividades e as instruções para serem seguidas não são compreendidas porque não fazem parte do seu uso cotidiano dos educandos.

Para vincular e conectar os conteúdos das aulas da EJA com a realidade é importante oportunizar aos alunos, trazer para a escola as informações produzidas por inúmeras fontes no dia a dia como subsidio para trabalhar com temas geradores, para enriquecer e integrar os conhecimentos prévios e o teórico aprofundamento na escola, conforme Paulo Freire em seu livro: Pedagogia do Oprimido.

No ensino da EJA os professores e alunos devem refletir sobre as relações que existem entre a teoria e o contexto de vida, se realmente esta ajudando a compreender a sociedade na qual vivem.

31 de outubro de 2009

Projetos de Aprendizagem

A metodologia de trabalhar através do PA evidencia claramente que o ponto de partida é a pergunta de acordo com o interesse do aluno, do grupo. Dá abertura ao diálogo, a curiosidade, ao questionamento, levando a interações e o envolvimento não apenas dos alunos, professores, vai além, abrange a família, a escola, a comunidade, rompendo com a postura da escola tradicional e de proposta de trabalhos prontas. Esta postura tradicional esta associada à própria formação do professor, contudo, atualmente vemos a necessidade de superar esta situação pela coragem de mudar, e pelo trabalho coletivo.

Se referindo a postura tradicional onde o professor é pressionado a cumprir a lista de conteúdos, do programa, do que o aluno precisa para série seguinte, dos pais (por exemplo, nas séries iniciais é comum a reclamação dos pais se os filhos não aparecem em casa com lições em seus cadernos) preparar para o vestibular...Recaindo sobre a reprodução de conteúdos previstos e de metodologias resumidas a aula expositiva, onde predomina a fala do professor.

Neste contexto reprodutor não há efetiva interação e envolvimento do aluno da construção significativa de sua aprendizagem.

Então, na metodologia que trabalha com PA’s o professor realiza um trabalho voltado para os interesses de seus alunos, acredita em suas potencialidades, e estes por sua vez têm possibilidades de participar ativamente da construção e desenvolvimento, podem intervir em situações reais, ajuda tomar consciência do que esta acontecendo com ele, passando a produzir o conhecimento pela interação com a realidade a exercer sua iniciativa, criatividade, reflexão e tomar consciência do valor de suas decisões na construção de sua autonomia.

Libras

Através da interdisciplina de Libras estou tendo a possibilidade de conhecer sobre uma realidade – Cultura Surda. Por não fazer parte do meu cotidiano, tinha sim, curiosidades sobre o tema, porém não havia tido oportunidade de refletir e conhecer como a aconteceu na aula presencial com a professora Caroline Carmelato Sperb, onde destacou aspectos importantes sobre os estudos de Libras. Referindo-se “quem são os surdos”, que são pessoas que compreendem, interagem com o meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso de Libras. (Decreto 5.626/05)

Diante disso vimos que a linguagem de sinais é vista como uma língua plena, complexa capaz de expressar tanto quanto qualquer língua falada, sendo uma das principais características que define o pertencimento a uma comunidade surda.

Então, com base nas leituras, filmes e nos estudos esta interdisciplina percebo o quando o tema é interessante, precisa ser conhecido e compreendido, pois a comunicação ocorre através de expressões faciais, corporais, sinais, gestos.

Importante ainda destacar que o uso das tecnologias pode facilitar a comunicação entre os membros das comunidades surdas. Logo, as pessoas surdas podem fazer tudo, exceto ouvir, sendo apenas um desvio.

Didática

O planejamento do ensino sofreu modificações substanciais em sua organização e função. Conhecemos as listagens de conteúdos elaboradas no plano de curso para uma série durante um ano letivo, o plano de unidade em que se dividia em partes geralmente bimestres e o plano de aula onde o professor traçava a sua aula de acordo com seu entendimento e sua vontade.

Surgiram outras propostas de organização destes conteúdos em torno de um assunto: centro de interesses, projetos, eixos temáticos, temas geradores são propostas que são baseadas em concepções globalizadoras e interdisciplinares.

Desta forma aumenta a participação e a decisão do aluno na escola, bem como na sociedade quando a organização dos conteúdos abre espaço para ouvir o aluno, suas curiosidades, seus interesses, levando em consideração seus conhecimentos prévios, seus níveis de conhecimento, seus ritmos, o trabalho com conteúdos culturais relevantes e a integração de conteúdos que são objetos de atenção em diversas áreas do conhecimento.

Quando trabalhamos em sala de aula com disciplinas justa postas não há muitas vezes nexos entre elas, também o limite no horário previsto e a disciplina mudando dejavascript:void(0) foco, de atenção, o que aumenta as dificuldades de aprendizagem de dar continuidade a um trabalho iniciado e a fragmentação do saber.

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

Ao refletir sobre os conceitos de alfabetização e letramento presentes no texto “Modelos de letramentos e as práticas de alfabetização na escola” Kleiman aprendi que a aprendizagem da leitura e da escrita dependem de dois aspectos distintos, porém indissociáveis e que precisam ser trabalhados conjuntamente: a alfabetização e o letramento.

“Situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação a interação entre os participantes, como em relação aos processos e estratégias interpretativas”, Kleiman.

Diante desta afirmativa não podemos desconsiderar as práticas sociais de leitura e escrita. Por exemplo, contar ou ler uma historinha para um criança para que durma faz parte do letramento, pois dá significado a escrita e pode favorecer o desenvolvimento da linguagem oral quando envolvemos a criança com questionamentos para interpretar a narrativa.

Muitas vezes pratiquei com meus familiares estas atividades sem ter conhecimento de que são formas de letramento, desta maneira integra em sua oralidade características da oralidade letrada. Portanto ela pode ser considerada letrada antes mesmo de ser alfabetizada quando ocorre a aquisição do sistema da escrita e da leitura.

Na escola ainda há muita preocupação com a alfabetização e não com o letramento, prática social, as vivências do aluno em seu contexto social em que tem contato com diferentes situações de leitura e de oralidade não são devidamente valorizadas. Há destaque do saber e expressar e da escrita formal distanciando a língua escrita e a língua oral eu gera conflitos, pois apresentam funções sociais diferentes e em um contexto que tem uma realidade histórica também diferenciada, o professor precisa diagnosticar os conhecimentos prévios que seus alunos possuem sobre o mundo letrado em que está inserido. Neste sentido a escola deve possibilitar a iniciação e formação de leitores e ouvintes, das múltiplas linguagens e de diversidade de gêneros textuais para ampliar seu mundo letrado.

24 de outubro de 2009

Linguagem

A criança desde seu nascimento procura imitar o adulto, começa junto deste emitir os primeiros sons, aprende a falar, andar, brincar e interagir com o que esta a sua volta.

Os adultos influenciam nas atitudes e ações tomadas pelas crianças e jovens no seu dia a dia, seja no espaço familiar, escolar e social.

Neste sentido sabemos que não podemos ignorar os diferentes meios de comunicação: TV, internet, materiais de leitura (jornais, revista, livros), filmes, vídeos, ilustrações, aspectos visuais e outros. O uso destas tecnologias criadas pelo próprio homem, pela imagem, palavras permeiam o mundo contribuindo para o enriquecimento do olhar e da imaginação.

A escola, por sua vez esta imersa neste contexto em maior ou menor grau de intensidade de acordo com sua realidade.

No texto “A leitura a escrita e a oralidade, como artefatos culturais” de Della Zen; Trindade, 2002 “...ainda gostaria de salientar a pertinência de discussões mais amplas a respeito dos discursos, planejamento, avaliação e seus desdobramentos no contexto escolar enquanto reguladores de nossas expectativas em torno da leitura, escrita e oralidade em sala de aula”.

Diante disso cabe ao professor estar atento a este cenário marcado pela diversidade cultural, permitir condições para que o aluno possa encarar as diferentes práticas sociais da leitura e da escrita.

14 de junho de 2009

(Re) Construindo Conceitos Piagetianos


Reorganizar os conceitos esquematicamente fez com que fosse possível perceber a teoria de Piaget de forma mais abrangente visto que os conceitos se interligam e se completam, essa construção por esquemas também reafirmou a necessidade de entender-se a teoria como um todo e não como conceitos isolados, podendo até ser exemplificados e utilizados nas outras interdisciplinas. A percepção da grandiosidade e da complexidade da teoria piagetiana foi outro tópico a ser destacado ao mesmo tempo que nos remete a identificação do indivíduo como um ser singular.

Entendimento sobre Kant

Nos tópicos mais interessantes sobre Kant, foi comum ele descrever o que o homem deve observar na educação entre estes pontos fala sobre a disciplina, com a procura de impedir que a animalidade prejudique o caráter humano; cita também a cultura como abrangente da instrução e do conhecimento, ou seja, criação de habilidades, outro tópico citado é a prudência que determina que o homem seja querido e tenha influencia esta regulando-se pelo gosto mutável de cada época, por fim cita a moralização convindo neste caso que o homem consiga a disposição de escolher os bons fins.

Civilização Educação e Barbárie

Após a leitura do texto “Educação após Auschvitz” de Theodoro Adorno onde o autor ressalta que a principal meta da educação deveria ser evitar que Auschvitz se repita.

Este texto me faz refletir o contexto que vivemos e a ação do ser humano sobre este. Certamente a escolaridade, a educação, a classe social, política e econômica, a etnia, o gênero, entre outros são fatores determinantes na formação do ser humano, basta olhar ao nosso redor.

Penso que a globalização tem contribuído para continuar com a barbárie especialmente no que diz respeito a espécie do ser humano devido a pressão da sociedade, marcado pelo progresso tecnicista. É percebível a super valorização do ter e não do ser.

Estamos passando por crise total, geral, do ser humano onde os valores estão sendo substituídos pela materialidade ao invés da existencialidade, daí a importância do ser humano iniciar pelo autoconhecimento, isto é, conhecer-se primeiramente a si mesmo, quem ele é, um ser frágil com uma missão que é diferente dos demais, único, complexo, que possui razão, emoção, afetividade, que pode transformar o meio em que vive e que com consciência de si mesmo por meio da reflexão pode pensar criticamente as suas dimensões, tentar compreender as do outro, não aceitar como óbvias, evidentes as idéias, os valores, os comportamentos, e passar a ter atitudes críticas, negativas (dizer não aos preconceitos estabelecidos), positivamente questionar o “por que” das coisas.

Nesse sentido o texto cita que:

“(...) como mostra a psicologia profunda os caracteres em geral mesmo os que no decorrer da existência chegam a perpetrar os crimes, já se formam na primeira infância uma educação que queira evitar a reincidência haverá de centrar-se na primeira infância (...)”

Diante disto vemos a importância do trabalho desenvolvido na primeira infância, onde a criança, hoje, desde seus primeiros meses de vida passa grande parte do seu tempo em creches, escolas de educação infantil, sendo este local um espaço de grande influência na sua formação como pessoa.

Considerando que vivemos num mundo onde é percebível a aceleração do desenvolvimento da ciência através da industrialização, das técnicas, da comercialização e dos meios de comunicação massificantes; por que ainda se fazem muitas vítimas em nosso meio?

Concluindo, para evitar que esta barbárie continue se repetindo, a educação deveria andar junto com a filosofia, psicologia, antropologia entre outras ciências possibilitando ao homem a reflexão sobre a sua existência e a dimensão desta no mundo.


Obs.: Trabalho realizado na interdisciplina de Filosofia da Educação

Índios

Reconhecer a cultura indígena como algo único e generalizado talvez seja um dos erros mais comuns na cultura brasileira atualmente, o texto proposto “Os Índios no Brasil: quem são e quantos são” veio me esclarecer esta questão e outras como a invasão histórica ao Brasil colônia e no que tudo isso veio a repercutir.

O aspecto indígena brasileiro da atualidade é outra questão a ser tratada com atenção, o texto por sua vez abrange o questionamento de forma bastante detalhada usando de conceitos antes desconhecidos por mim. O sentido de caboclo como aquele que nega sua origem nativa, bem como, o processo de reafirmação de identidade indígena foram outros conceitos trabalhos e de grande proveito.

Diversidade Cultural

Vivenciamos numa realidade de escola em que é natural a presença da pluralidade étnica. É notável que alunos de acordo com suas ancestralidades sintam-se por vezes discriminados racionalmente no convívio social, neste contexto ainda é percebível a maneira de como os próprios alunos se discriminam entre eles (piadas, provérbios, apelidos...).

Vale destacar o interesse de alunos afro-descentes participarem de atividades sociais extra classe na escola como o esporte, a música, teatro, banda, são normalmente atuantes e prestativos. Penso que ainda existe uma carga na memória do povo muito expressiva em relação à diversidade, as etnias, aos preconceitos, é preciso rever atitude, ser mais tolerantes, ver a diversidade como algo normal, não apenas o biológico, mas o cultural, agregar conhecimentos e aprendizagens, não usar de forma a despertar no próximo um sentimento discriminatório, pois todos os segmentos são importantes no processo de educação. Acredito que a educação seja uma das portas para se trabalhar esta questão.

Reflexão Teoria/Prática/Significar a Educação

Ao participar do 4º Salão de Graduação e 5° Salão de Educação a Distância da Ufrgs no dia 27 de maio de 2009 pude perceber através dos relatos de experiências desenvolvidas nos diversos Pólos da Ufrgs no interior do RS, a ênfase dada quanto ao uso de ferramentas tecnológicas disponíveis, oportunizando o desenvolvimento de projetos/projetos de aprendizagem que oportunizam melhorar a qualidade do ensino/aprendizagem através da prática pedagógica, bem como ir além da sala de aula envolvendo outros segmentos sociais. Penso que isso vem e encontro ao verdadeiro sentido da educação.

É importante destacar que ao trabalhar em sala de aula com PA’s o professor estará despertando o interesse do aluno a partir de suas vivências, da contextualização, com isso usar o conhecimento adquirido na escola para resolver situações no cotidiano de acordo com o seu tempo.

É percebível que as práticas pedagógicas na sua maioria estão distanciadas das reais necessidades do ser humano. Existe uma distância entre o conhecimento acadêmico e a adequação nas vivências cotidianas. É preciso conhecer o perfil do aluno para adequar conteúdos curriculares, práticas pedagógicas, procurando reduzir o distanciamento entre a teoria e a prática, re-significar os conteúdos, utilizando o conhecimento escolar para a vida.

Com base no contexto, nos problemas e interesses dos alunos, provocar o desejo de pesquisar, questionar, conhecer, aprender...adequando desta forma a proposta curricular ao mundo digital, globalizado e aos efeitos tecnológicos que vivenciamos na atualidade.

13 de junho de 2009

REFLEXOES SOBRE A MORALIDADE A PARTIR DE UMA VIVÊNCIA REAL

Estar comprometido com a formação moral do aluno é realmente um compromisso que cabe à família, à escola e à sociedade, mas como fazer com que a escola consiga realmente contribuir de forma sólida para esta formação se muitas vezes nos deparamos com toda a vivência da criança antes da idade escolar e durante a idade escolar na sociedade, vivenciando exemplos amorais e que muitas vezes vão de encontro com a proposta da moralidade escolar que constituiria cidadãos de respeito e em consequência seres disciplinados e mais ricos culturalmente. Fica então o questionamento de como lidar com tudo isso, sem é claro, desistir deste aluno e ajudá-lo na sua formação (?)

1 de maio de 2009

Questão racial

Se é que existe um tema polemico que exige determinada delicadeza para ser discutido é a questão racial e tudo que ela abrange. Na sala de aula não é diferente, é até muito comum nos depararmos com este questionamento em sala de aula, em situações comuns do cotidiano, assim como quando nossos alunos precisam fazer trabalhos em grupo ou ainda em determinados posicionamentos em sala de aula, penso também que o preconceito esta muito enraizados nos próprios afro-descendentes e indígenas...lembro de uma situação em classe que um aluno debateu um assunto diverso defendendo-se com a argumentação: “só porque sou negro” e esta colocação foi uma surpresa para todos já que esta não era a idéia do debate ou um sentimento do grupo. Há muito que se fazer para que exista inclusão de “coração” em que as pessoas consigam conviver sem se julgar.

Análise PA _ atividade III

Fazer uma análise de um projeto de outras pessoas não é uma tarefa tão simples. Exige muita atenção e conhecimento sobre o que se esta fazendo.

Considerando esta metodologia de projetos de aprendizagem que visa provocar no aluno uma experiência de pesquisa conforme seus interesses, e que estes estejam envolvidos na construção de suas aprendizagens é algo desafiador, devido ser esse um tipo de trabalho não muito comum, usado conhecido pelas escolas e aplicado em sala de aula. Haverá num primeiro momento resistências por parte dos alunos e até certa dificuldade de elaboração, porém, o resultado deste tipo de trabalho é sólido, visto que pressupõem partir de questões de interesses do educando.

O envolvimento do aluno no processo se dará de forma individual e coletiva considerando ser um trabalho em grupo gerando a inclusão, a interdisciplinariedade, dependendo do foco de interesse, proporcionando desta forma ao aluno a construção do conhecimento pessoal através da interação, da ação, da pesquisa, da busca de respostas.

É importante que o professor desperte a motivação para que se sintam envolvidos na proposta de trabalho.

Preconceito X Cultura

O ser humano é uma rede de relações, de forma que ele não pode ser compreendido sozinho, isoladamente. Em relação a nossa pessoa, as características físicas, psicológicas são resultados da nossa ancestralidade isto é percebido através da herança genética, da cultura, do meio onde estamos envolvidos, a pessoa é uma relação com o mundo neste jogo de reciprocidade que nossa identidade e o sentido do mundo vão se construindo, daí a importância de não nos fecharmos aos preconceitos ou a estereotipo.

O desafio está no problema da discriminação da espécie humana, seja pelo gênero, origem, étnica ou cultural (descriminação dos grupos não brancos e de raízes culturais não européias) pela religião, pela capacidade física ou mental (pessoas portadoras de deficiência, idade, sexo entre outras).

A discriminação e a intolerância se fundamentam nos preconceitos e estereótipos enraizados e produzidos pela nossa cultura.

Nascemos dentro de um grupo étnico particular em um espaço específico com costumes peculiares. Ao longo de nossa existência, desenvolvemos crenças, religiões, opiniões, orientações intelectuais, políticas as quais constituem a nossa personalidade. Essas diferenças formam nossa identidade como pessoas, como singulares, consequentemente constituem diversidade da vida humana em sociedade.

Por isso as diferenças são legítimas e surgem das características próprias de cada indivíduo. Deveriam no mínimo serem respeitadas. Desta forma ninguém e mais ou menos humano que o outro. Perceber que as diferenças culturais são inerentes aos humanos, através disto promover a integração, a igualdade social, sendo a escola um dos caminhos que isso se concretize.

DESAFIO X INCLUSÃO

Com base nos estudo que estamos realizando na Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Especiais, penso que incluir é conhecer, entender, respeitar, valorizar, discutir, lutar contra a exclusão social, ultrapassar as barreiras criadas pela própria sociedade no decorrer de sua história para com as pessoas.

O ato de incluir supõe superação dos preconceitos, mudanças de concepções, atitudes e trabalho coletivo, é necessário somar esforços, lutar, buscar os direitos legais desses indivíduos que enfrentam a diversidade política, social, educacional e econômica. São pessoas querendo oportunidades de se preparar para o convívio social movidas pelo desejo de serem cidadãos.

Para que a escola cumpra seu papel é fundamental acreditar nas diferentes possibilidades do ser humano, respeitar o ritmo próprio de cada um, pois cada um é único, singular. Cabe a escola em seu modelo pedagógico abrir espaço permanente de debates, de formação, de troca de experiências, de articulação com a sociedade, reivindicando dos órgãos governamentais que as políticas públicas sejam efetivamente postas em prática.

O desafio perpassa por nós, é necessário redefinirmos nossos conceitos, nossas concepções, nossas atitudes e principalmente a “ação” ou continuaremos fazendo ainda mais vítimas. A inclusão social é uma questão inquietante e questionadora, a escola, a sociedade não podem mais continuar fingindo que incluem. Na prática o processo de inclusão não é tão simples e fácil, por outro lado percebe-se com mais lentidão, mas que estão sendo oferecidas possibilidades de alternativas de inclusão nos diferentes segmentos da sociedade.

30 de abril de 2009

O dilema do antropólogo frances

Ao ler o texto proposto pude perceber que é quase automática a reação que temos de nos posicionarmos em relação aquilo que esta diante de nós e ainda como é difícil entender a posição contrária do outro. Outro ponto que me fez pensar ao realizar as tarefas propostas é que tenho a tendência de manter esta opinião, é provável, analisando na visão do texto que isto seja uma característica da minha carga cultural, ou seja, que existe um condicionamento relativo a minha cultura para que isso aconteça. Ver o dilema do antropólogo no seu contexto lido me fez ainda perceber como é instantâneo o ato de influenciar e ser influenciado que existe a partir do momento em que temos contato com uma nova realidade e ainda mais na sociedade atual onde a comunicação é tão ágil, influenciar, como não?

29 de março de 2009

Reflexão sobre Projeto de Aprendizagem

Ao reiniciarmos as aulas neste semestre, na aula presencial do dia 18/03/09, em que as professoras Nadie e Eliana, nos proporcionaram um momento, no qual alguns grupos apresentaram seus Projetos, juntamente com as explanações das referidas professoras, compreendemos a diferença entre Projeto de Aprendizagem, e Pesquisa comumente solicitada na escola. Ficou evidente que esta é outra forma de construir o conhecimento, ou seja, no PA
o aluno constrói seu conhecimento com participação e envolvimento efetivos.
Ao propormos um Projeto de Aprendizagem, onde os alunos a partir de seus interesses, curiosidades, passam a construir seu conhecimento, possibilitando a pesquisa de campo, formulando hipóteses, sem certezas prontas, com certezas provisórias, dúvidas, questionamentos, entrevistas, fazendo uso de uma metodologia... sob a orientação do professor.
Esta forma de construir conhecimento, abre novos caminhos, onde o aluno passa a ser coadjuvante na construção do seu conhecimento, saindo do senso comum para construir o conhecimento cientifico.

Deficiência: Inclusão X Exclusão X Sociedade

Após a leitura dos textos “História, Deficiência e Educação Especial” de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda e assistir os vídeos sobre educação especial conclui-se que existem propostas inovadoras sobre a educação especial entre elas estão os aspectos legais e pedagógicos no que diz respeito à Educação Especial.

Sem dúvida esta questão é relevante e desafiadora para a família, escola, sociedade, Poder Público na medida que ao longo da história as pessoas com deficiências foram consideradas inúteis, improdutivas, abandonadas pelas suas famílias, isoladas em instituições, faziam uso da mitologia para explicar e justificar a deficiência física e mental.

Vale destacar que existem vários tipos de deficiência como: mentais, visuais, auditivas, físicas, sensoriais, motoras...

Nos situando na forma e organização da sociedade a qual estamos inseridos onde a exclusão social é percebível excluindo de muitas formas sejam por questões financeiras, gênero, raça, etnia..., a sociedade foi produzindo um modelo de pessoa-ideal, muitas pessoas não se encaixam neste padrão correndo assim o risco de serem excluídas na educação (escola), no trabalho, no acesso as políticas básicas impedidas muitas vezes de usar seus direitos de ir e vir. A maioria das pessoas com deficiência não tem acesso a educação que lhes é merecida, a locomoção, a um transporte de qualidade, ao lazer, a recreação, turismo, a circulação em geral.

Rótulos, classificações, contribuem para aumentar o preconceito tornando a deficiência um sinônimo de incapacidade.

Creio que através das Políticas Públicas e da educação inclusiva que exige profissionais qualificados, através da capacitação permanente, infra-estrutura adequada, condições de acesso e permanência a escola seja uma das vias assim como, ações preventivas na área da saúde venham somar-se contribuindo para a promoção da autonomia das pessoas com deficiência, assegurando a garantia de seus direitos individuais e sociais.